quarta-feira, agosto 19, 2020

Pedófilo foi preso em flagrante...


Nós brasileiros ficamos indignados com o caso da menina de 10 anos, mineira, que foi violentada e ficou grávida. Infelizmente, estupros e casos de pedofilia acontecem bem mais do que a população imagina.

Na imagem desta postagem, inseri manchetes de alguns casos que aconteceram nas últimas semanas. Em 2018, o Brasil registrou ao menos 32 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. A informação é do Ministério da Saúde. Gente, são três casos por hora! 

Durante os oito anos em que estive Conselheiro Tutelar em Maringá, atendi inúmeras denúncias de casos de abuso sexual contra crianças e, com apoio do Ministério Público e Polícias, vários estupradores foram presos. 

Em um dos casos, conseguimos prender o estuprador em flagrante. 

Eu fui o primeiro a entrar no kitnet e ele estava consumando o ato sexual com uma criança de 10 anos. A Polícia Militar (P2) entrou na sequência. É uma cena que não gostaria que fosse repetida e que não desejo que volte a se repetir.

Desde então, tenho feito palestras sobre os direitos das Crianças e Adolescentes e sempre abordo o assunto da pedofilia. É preciso que os pais fiquem muito atentos ao comportamento dos filhos e, em qualquer sinal de alteração, é preciso dialogar com as crianças e, se necessário, procurar ajuda de psicólogos. 

É fundamental que todos saibam que dois a cada três casos de abusos registrados acontecem dentro da própria casa, muitas vezes por pessoas de confiança da família. Um a cada quatro abusos é praticado por pai ou padrasto. 

Gente, a situação é muito séria. 

Está no meu planejamento conversar com instituições competentes sobre problemas que vêm acontecendo. Como exemplo, cito o fim de alguns programas federais que contribuíam para a prevenção das práticas de abuso e atendimentos para as vítimas e suas famílias, serviços que o poder público precisa ampliar e não desativar.

O que tenho feito é conversar com a sociedade, OSCs (Organizações da Sociedade Civil), universidades, profissionais e alguns órgãos públicos para criarmos ações de conscientização e atendimentos sobre o tema.

É preciso que as crianças tenham informação para que entendam, peçam socorro e contem aos familiares caso passem por situações de abuso. 

É preciso que os pais sejam conscientizados para prevenir e saber como agir em caso de abusos sexuais. 

Pais, mães, famílias. Não descuidem e, se precisarem de orientações e apoio, estou à disposição. Podem fazer contato comigo.


Vandré Fernando

Ex - Conselheiro Tutelar

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terça-feira, agosto 18, 2020

Minha Solidariedade aos Professores...

 

Minha solidariedade aos professores.
Conversei esta semana com uma amiga professora. Ela me autorizou a falar sobre o caso dela, sem citar nome. Respeito. Essa amiga está tensa, preocupada com a qualidade do ensino, com o emprego, com o futuro da educação e com sua imagem profissional.

Não sou especialista no assunto, mas tenho lido bastante e debatido com pessoas que sabem mais que eu, inclusive dentro de casa.
É claro que os professores têm muitos motivos para se preocupar. É claro que as escolas, sejam públicas ou particulares, vivem dramas que se estendem aos alunos e pais.

Penso que esta crise está adiantando um futuro que vinha chegando mansamente e que já era previsto: o uso cada vez maior de diversas ferramentas tecnológicas no ensino. Ao adiantar este futuro, a pandemia pegou todos de surpresa. Ou seja, as escolas não estavam preparadas tecnologicamente; os professores, em boa parte, não foram treinados para enfrentar a situação; os alunos, também em boa parte, não têm acesso à tecnologia e os pais são pais e não professores.

Esse cenário criou divergências naturais. Há grupos que defendem o retorno às aulas, mesmo com a pandemia ainda ceifando vidas. Setores defendem o uso massificado da tecnologia, mesmo com parte das famílias sem acesso à internet. E há quem acredite que o melhor é que o ano letivo seja anulado ou se estenda até 2021.

Como ficam vestibulares e outros meios de acesso à universidade? Como ficam os formandos? E quem passou no vestibular e ainda não pode entrar no ensino superior? E os conteúdos perdidos dos alunos dos ensinos fundamental e médio? E a estimulação tão necessária ao desenvolvimento da criança na educação infantil e especial?  Haverá base para o aprendizado de conteúdos futuros? E como ficam as crianças cuja principal refeição do dia era feita por meio da merenda escolar?

Há muitas perguntas sem respostas porque elas não existem. Assim como o mundo está investindo em criar uma vacina contra o Coronavírus, é preciso investir no diálogo e na estrutura adequada para buscar soluções para a educação, sempre ouvindo a comunidade escolar. E isso não acontecerá de uma hora para outra.

Diante de tantas dúvidas, penso que os professores, um dos profissionais que mais respeito por serem eles a base para toda a educação formal que recebemos, não devem se desesperar. Vocês não têm culpa de nada do que está acontecendo. São vítimas, assim como os demais, seja desta situação inusitada criada pela pandemia, seja pela falta de investimentos na educação, um problema histórico em nosso país.

A todos vocês, professores, o meu respeito e  solidariedade.

Contem comigo!
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segunda-feira, agosto 17, 2020

Parabéns Vila Operária...



          Nesta segunda-feira a Vila Operária completa 73 anos. A associação comunitária local lançou um jornal para comemorar a data. O bairro é importante em nossa história e a publicação mostrou como ele nasceu e abordou as razões do seu desenvolvimento.

           O interessante da Operária é que o bairro foi concebido dentro do planejamento de Jorge de Macedo Vieira, o engenheiro e arquiteto que desenhou Maringá. Ele dividiu a cidade por áreas, estabelecendo espaços específicos para o comércio, para as indústrias e para os trabalhadores. 

           Para alguns estudiosos, o projeto de Jorge de Macedo discrimina os trabalhadores, principalmente porque ele deixou uma reserva florestal (atual Parque do Ingá) entre a Vila Operária e o centro da cidade. Mas, o fato é que o bairro venceu preconceitos e, com o trabalho da sua gente, se transformou em um dos mais queridos bairros de Maringá.

           De acordo com o jornal da associação, nos anos 1950, a Operária tinha a maior população de Maringá e foi decisiva nas primeiras eleições de Maringá. Onde hoje é a paróquia São José Operário aconteciam os comícios dos candidatos. 

          A Vila Operária também abrigou o Cine Horizonte, onde assisti muitos filmes em minha infância. É um lugar que se modernizou, ganhou edifícios, mas que ainda mantém muitas casas de madeira. Ah, e tem muitas empresas, clínicas, hospitais, escolas. Enfim, os moradores têm por perto tudo o que precisam, não havendo necessidade de se deslocar para fazer suas compras, estudar o cuidar da saúde. 

Gosto da Operária, da sua gente, lugar onde tenho grandes amigos. Parabenizo os moradores pelo aniversário do bairro, desde os pioneiros até aqueles que se mudaram para o bairro mais recentemente.

Vandré Fernando - www.facebook.com/VandreFernandoMaringa