A violência contra um conselheiro tutelar desencadeou um movimento de paralisação em Toledo. Nesta quinta-feira (12) e sexta-feira (13) o Conselho Tutelar deixa de prestar os trabalhos internos, apenas os serviços essências de plantão funcionam normalmente.
Um dos conselheiros estava no exercício da função prestando um
atendimento externo – efetuando uma notificação – quando o notificado
usou de força física contra o conselheiro. “Esta situação é
inadmissível. O conselheiro estava devidamente identificado com o
veículo do Conselho Tutelar e foi agredido ao tentar exercer seu
trabalho”, lamenta o presidente do Conselho Tutelar de Toledo, Juliano
Varanis.
O presidente lembra que até o mês de fevereiro deste ano, um guarda
municipal auxiliava nas diligências externas realizadas pelo Conselho
Tutelar. “Ele prestava suporte de muita importância, pois zelava pela
integridade física dos conselheiros. Depois de muita insistência a
Secretaria de Segurança e Trânsito esclareceu que o guarda foi
remanejado para lugares mais importantes e o Conselho Tutelar perdeu
esse auxílio”, comenta.
Neste ano, já ocorreram duas situações em que as conselheiras quase
foram agredidas. Conforme o presidente, as agressões não aconteceram
porque outros conselheiros conseguiram impedir o ato violento.
“Atendemos situações complicadas. Nossa preocupação é que outros casos
sejam registrados e fique cada vez mais complicado exercermos nosso
trabalho, que compreende garantir os direitos da criança e do
adolescente”.
REIVINDICAÇÕES
Os conselheiros também estão reivindicando por uma revisão salarial.
“No mês de maio encaminhamos ao poder executivo uma solicitação de
reajuste salarial. Atualmente o conselheiro tutelar de Toledo recebe um
salário líquido de R$1.645,31. Se compararmos com a remuneração de
outros municípios, o nosso salário está defasado. O valor não compete à
complexidade do trabalho que efetuamos”, pontua o presidente.
Outra dificuldade enfrentada pelo Conselho Tutelar de Toledo é falta
de equipamentos de informática dentro da sede. “Além da estrutura física
não estar devidamente equipada, diversas solicitações não foram
atendidas, como a cadeirinha de segurança para transportar as crianças
dentro do carro, um equipamento necessário para nosso serviço”,
acrescenta.
Para o presidente, aqueles que ignoram a essencialidade do serviço
prestado pelo Conselho Tutelar ignoram que garantir os direitos da
criança e do adolescente é prioridade absoluta. “Por muitas vezes somos
alvo de críticas da sociedade, mas a culpa não é do Conselho Tutelar já
que não temos as condições necessárias para prestar os atendimentos”.
Fonte: www.jornaldooeste.com.br
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