sexta-feira, abril 08, 2011

O FUTURO SE CHAMA POLÍTICAS PÚBLICAS!

Chega. Cansei de ouvir e até mesmo repetir discursos afirmando que o futuro de nosso país é a educação, transferindo a responsabilidade de uma sociedade mais justa e desenvolvida às nossas crianças e adolescentes.
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Enquanto ficamos discutindo essa alternativa, ignoramos o trivial: o futuro para ser futuro depende de efetivas políticas públicas. De nada vale o nosso esforço se não há previsão orçamentária para o investimento público, em políticas voltadas para o básico: saúde, habitação, educação, alimentação, assistência social.
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A Constituição Federal é um avanço, pois assegura os direitos fundamentais. O Estatuto da Criança e do Adolescente apesar de mal interpretado por muitos segmentos sociais, é a chave de ouro na garantia de direitos para o futuro da infância e juventude. Porém, nada disso é válido se não colocado em prática.
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Onde está a população que exige seus direitos mas não cumpre seus deveres de cidadania? As cadeiras da sociedade civil estão nos conselhos municipais de direito clamando pela participação popular, na esperança de que tenhamos poder de articulação e possamos propor e fiscalizar a execução das políticas públicas que determinam as nossas vidas.
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Criança e adolescente não têm idade para ter direito ao voto nos conselhos de direitos, mas trazem em seus ombros a responsabilidade do futuro de um país. Enquanto isso, nós os adultos, que já chegamos no almejado futuro de quando éramos crianças, não assumimos a responsabilidade que nos foi atribuída na infância.
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A opção é clara: ou paramos de transferir a responsabilidade de uma sociedade melhor para as crianças, isso é, não toda responsabilidade porque também deixamos parte para as escolas e educadores, ou assumimos nosso papel e vamos para os espaços públicos de participação democrática conhecer como a ''máquina'' pública funciona e cobrar dos gestores a execução das políticas públicas.

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Deixemos condições concretas para que as crianças e adolescentes quando chegarem a nossa idade, possam mudar o país, tendo a consciência de que: a melhor herança que podemos deixar ainda são os exemplos, porque as críticas e a transferência de responsabilidade já vimos que não funciona.

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Priscila Izaura Ferreira Noncimbone

Conselheira Tutelar

priscilanoncimbone@hotmail.com

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