sexta-feira, fevereiro 16, 2007

REFLEXÃO

"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, mas sim por aquelas que permitem a maldade."
Albert Einstein

Um comentário:

Anônimo disse...

A retomada do terreno da UNE tem movimentado artistas, políticos e intelectuais, além da população do Rio de Janeiro como um todo. Isso porque a retomada do terreno pela UNE é um marco democrático do Brasil, assim como foi um marco da falta de liberdades a queimada de seu prédio que se situava na Praia do Flamengo, 132, em 1964.

Por isso, o manifesto lançado pela UNE vem ganhando diariamente importantes apoios que compreendem o papel da entidade na história do país e os signos da retomada do terreno.

Chico Buarque e Luís Inácio Lula da Silva estão entre as personalidades que assinam o manifesto “UNE e UBES de volta pra casa” – em defesa da retomada do terreno 132, na Praia do Flamengo-RJ. “Nestes 70 anos de vida, a UNE sempre manteve alta a bandeira da democracia, da liberdade, da defesa da educação pública e de um Brasil soberano e mais justo. Consolidou-se ao longo do tempo como uma das entidades mais importantes do cenário político nacional”, diz o manifesto.

Além de falar sobre a história da entidade, o texto aborda a trajetória dos estudantes na luta pela conquista de sua sede. Assinam o manifesto diversas personalidades, entre elas, Chico Buarque e o Presidente da República Luís Inácio da Silva.

MANIFESTO: ''A UNE DE VOLTA PARA A CASA!''

Nestes 70 anos de vida, a UNE sempre manteve alta a bandeira da democracia, da liberdade, da defesa da educação pública e de um Brasil soberano e mais justo. Consolidou-se ao longo do tempo como uma das entidades mais importantes do cenário político nacional.

Começou sem endereço fixo e conquistou sua morada com ousadia. Em 1942, numa grande manifestação, os estudantes ocuparam o prédio do Clube Germânia – reduto de simpatizantes nazistas - na Praia do Flamengo, 132. Pouco depois, o presidente Getúlio Vargas doava definitivamente o edifício à entidade.

O local rapidamente tornou-se referência para os estudantes do Rio de Janeiro e de todo o Brasil. Ali pulsava a força da juventude, a energia transformadora da universidade e da nação. Pulsava também a transformação da Cultura, em que no endereço - Praia do Flamengo, 132 - se escreveu um dos episódios mais ricos da história da cultura brasileira, o Centro Popular de Cultura – CPC da UNE.

A UNE sofreu uma interrupção de tudo isso, em 01 de abril de 1964. Ao incendiar a sede da entidade, um dos primeiros fatos do novo regime, as forças que o apoiavam começavam a escrever uma das páginas mais tristes de nossa história. Anos depois, já na década de 80, o antigo prédio que estava em posse da Unirio foi demolido e ocupado ilegalmente por um estacionamento.

Retornar a sede de tantas jornadas e lutas é rever a dívida histórica de toda a sociedade para com os estudantes brasileiros e um dos atos simbólicos para superar definitivamente um período tão duro para o povo deste país.

A UNE está de volta pra casa. Com uma nova sede, presente do arquiteto Oscar Niemeyer, e um Centro Cultural e o um Museu da Memória do Movimento Estudantil, que vai manter sempre viva a chama da nossa luta e a perspectiva de um futuro altivo para o país.